20.9.10

um espaço em branco.
um tempo melhor que todos.
dois segundos de um corpo embebido em todo o resto.

me tira desse mergulho de agonia.
e todo o resto faz sentido então.
me enfia em uma camara de gas.
e me deixe morrer sorrindo.

gargarejo tantas lamurias
trinco todos os vidros
com minha mão quebradiça
pura porcelana de argila

hoje quero a paz de uns tempos atras.
hoje quero a corrida dos dias de hoje.
quero todos os tempos gramaticais em um único presente.

honestamente minto.
sem o rubor de uns anos atras.
flutuo em cinco dimensões diferentes.
'e o que é o tempo senão ilusão'.

honestamente minto.
(des)honestamente me repito.

Um comentário:

Zilinski M. disse...
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